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RELIGIÕES E CULTURAS
As religiões são parte integrante das culturas. Existe um elo muito forte entre a cultura e a religião. Falar de diversidade de culturas é necessariamente falar também de diversidade religiosa. Mas a cultura não é apenas resultado dos aspectos religiosos. Nela encontram-se misturados outros elementos. Podemos no entanto dizer que a religião é, pelo menos em algumas culturas, um factor dominante. Nas culturas ocidentais a tendência tem vindo a acentuar o esvaziamento da influência religiosa no quotidiano dos indivíduos. Existem mesmo sectores que defendem, de uma forma acérrima, que a religião não se deve imiscuir na vida pública e deve ser remetida, senão mesmo enclausurada, na privacidade do indivíduo. A secularização consiste precisamente no processo cultural e ideológico de desvalorização da dimensão espiritual e do religioso na praça pública, nos domínios da vida em sociedade, nas decisões políticas, nas tomadas de posições éticas e morais, nos modelos de desenvolvimento, na definição dos currículos académicos. Alguns dos fundamentalistas desta tendência chegam ao ponto de sugerir que todos os símbolos religiosos deveriam pura e simplesmente ser banidos dos espaços públicos e do vestuário dos cidadãos; os feriados nacionais com conotação religiosa deveriam ser retirados ou substituídos por outros de carácter laico; as festividades sociais, ligadas ao religioso, deveriam ser excluídas do mercado de trabalho e até os votos de boas festas deveriam seguir um modelo não religioso. A secularização na Europa nega à sua proposta de Constituição a referência à herança cristã. Nesta dinâmica o relativismo ético, de forma demagógica, assentou os arraiais dentro de uma sociedade que apenas sabe conjugar o verbo dos direitos, procura o prazer a qualquer preço e pensa a vida em termos do ter e não do ser. Os valores tradicionais foram colocados e continuam a ser colocados em causa: aborto, eutanásia, suicídio assistido, manipulação genética, promiscuidade sexual com o rótulo de sexo seguro, pornografia, violência gratuita na televisão, corrosão do conceito de família, homossexualidade, etc. Do mesmo modo o naturalismo materialista, de forma dogmática, tomou de assalto a ciência e fez dela sua refém. Como referiu recentemente o Prof. Dr. Jónatas Machado numa conferência na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, sobre o tema Evolucionismo v. Criacionismo, com o título O Paradigma Naturalista:
Homens como Lyell, Comte, Darwin, Huxley, Haeckel, Mayr, Sagan, Lewontin, Gould, Eldredge, Dawkins, Dennett, Pinker, Hawking, etc., têm sustentado que toda a ciência tem necessariamente que ser naturalista, isto é, tem que excluir liminarmente qualquer possibilidade de causas sobrenaturais. Estes e outros cientistas decretaram que no Universo não há qualquer lugar para Deus e para a análise dos efeitos da sua acção. Para eles, o facto de essa ser a sua profunda convicção filosófica e ideológica é razão mais do que suficiente para que todos aceitem doravante essa determinação e construam a ciência de acordo com ela. A verdadeira ciência, dizem, só pode ser naturalista. A mesma só pode investigar as relações de causa efeito entre matéria e energia, no tempo e no espaço.A globalização veio colocar frente a frente culturas cujas raízes, tradições, cosmovisões, usos e costumes, valores e princípios éticos, são bastante diferenciados, senão mesmo opostos. É compreensível que culturas em que os factores dominantes sejam os religiosos vejam com apreensão as culturas em que os processos de secularização têm vindo a reduzir a presença e a influência do religioso. Mas a diferença não existe apenas entre e nas culturas secularizadas e não secularizadas. Ela existe também entre as várias maneiras de entender o sagrado e a sua relação com o secular. Familia Black Br Fashion |
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